Você sabia que 85% das crianças brasileiras entre 9 e 17 anos usam a internet regularmente, e que 29% delas já tiveram contato com estranhos online?
Esses números alarmantes, fornecidos pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), refletem uma realidade preocupante: nossos filhos estão cada vez mais expostos aos perigos da internet, muitas vezes sem que percebamos.
A falta de conhecimento sobre as ameaças virtuais e a confiança excessiva nas habilidades tecnológicas das crianças podem levar a consequências devastadoras.
Com o aumento do tempo de tela durante a pandemia e a crescente popularidade de redes sociais e aplicativos de mensagens, é mais crucial do que nunca que pais e responsáveis estejam cientes dos riscos e saibam como proteger seus filhos no ambiente digital.
Neste artigo, vamos explorar os 06 principais riscos da internet e oferecer dicas práticas e ferramentas eficazes para garantir que as crianças e adolescentes possam navegar online de maneira segura e saudável.
1. Exposição a Conteúdos Inadequados
No Brasil, o acesso a conteúdos impróprios é um problema crescente, principalmente devido à ampla disponibilidade de smartphones e à falta de supervisão adequada.
Por exemplo, uma criança pode ser exposta a vídeos violentos ou conteúdo sexual explícito no YouTube ou em redes sociais como o TikTok.
Estatísticas: De acordo com uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) de 2022, 21% das crianças entre 9 e 17 anos já acessaram conteúdos impróprios ou inadequados na internet.
Aplicativos de Controle Parental: No Brasil, aplicativos como Kids Place e Family Link são amplamente utilizados para ajudar os pais a monitorar e controlar o que os filhos acessam.
Esses aplicativos permitem o bloqueio de sites inapropriados e a definição de limites de tempo de tela.
2. Cyberbullying
O cyberbullying é uma preocupação significativa no Brasil, onde muitos jovens são alvo de assédio online.
Por exemplo, um adolescente pode ser alvo de “memes” maliciosos em grupos de WhatsApp ou ter suas fotos modificadas e compartilhadas sem consentimento.
Estatísticas: De acordo com o Relatório de Segurança Digital da Microsoft de 2021, 37% dos adolescentes brasileiros relataram ter sofrido bullying na internet.
Isso destaca a necessidade urgente de educação e conscientização sobre os impactos do cyberbullying.
Suporte Psicológico: No Brasil, serviços como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e o Projeto Bem-Me-Quer oferecem apoio emocional para jovens que sofrem com as consequências do cyberbullying.
Além disso, muitos psicólogos especializados em saúde mental de crianças e adolescentes estão disponíveis em clínicas públicas e privadas para ajudar na recuperação de traumas.
Orientações Legais: No Brasil, a Lei nº 13.185/2015 estabelece o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying), incluindo o cyberbullying, e prevê a criação de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying.
Pais e responsáveis podem procurar delegacias especializadas em crimes cibernéticos para denunciar casos de cyberbullying.
3. Predadores Online
No Brasil, predadores online frequentemente utilizam redes sociais populares como Facebook, Instagram e jogos online para se aproximar de jovens.
Um predador pode, por exemplo, começar uma conversa amigável em um jogo popular e depois tentar obter informações pessoais ou marcar encontros presenciais.
Estatísticas: Um estudo da SaferNet Brasil em 2021 mostrou que houve um aumento de 32% nas denúncias de aliciamento de crianças e adolescentes na internet, evidenciando a necessidade de vigilância constante por parte dos pais.
Aplicativos de Controle Parental: Aplicativos como Norton Family e Qustodio são eficazes no Brasil para monitorar conversas e identificar comportamentos suspeitos em redes sociais, alertando os pais sobre possíveis interações perigosas.
4. Phishing e Fraudes
No Brasil, golpes de phishing são comuns e frequentemente direcionados a jovens inexperientes.
Por exemplo, um adolescente pode receber um e-mail falso que parece ser de um site popular, pedindo para clicar em um link e inserir informações confidenciais.
Estatísticas: Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), houve um aumento de 70% nos golpes de phishing em 2021, com muitos jovens sendo vítimas devido à falta de conhecimento sobre segurança digital.
Aplicativos de Controle Parental: Ferramentas como McAfee Safe Family e ESET Parental Control são usadas no Brasil para bloquear sites maliciosos e alertar os pais sobre tentativas de phishing.
5. Compartilhamento Excessivo de Informações Pessoais
Crianças e adolescentes brasileiros frequentemente compartilham informações pessoais nas redes sociais sem perceber os riscos envolvidos.
Por exemplo, um jovem pode publicar uma foto com a localização exata em um perfil público, expondo-se a perigos.
Estatísticas: De acordo com uma pesquisa da SaferNet Brasil, 44% dos adolescentes já compartilharam informações pessoais, como escola ou bairro onde moram, nas redes sociais, sem perceberem os riscos potenciais.
Educação e Orientação: No Brasil, iniciativas como o Programa Internet Segura visam educar jovens sobre os riscos de compartilhar informações pessoais e como proteger sua privacidade online.
6. Dependência Digital e Saúde Mental
O uso excessivo de smartphones e redes sociais também é uma preocupação crescente no Brasil, impactando a saúde mental dos jovens.
Por exemplo, um adolescente pode passar horas no TikTok ou Instagram, negligenciando estudos e atividades sociais.
Estatísticas: Uma pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) indicou que 47% dos adolescentes brasileiros mostram sinais de dependência digital, com muitos relatando sintomas de ansiedade e depressão associados ao uso excessivo de redes sociais.
Suporte Psicológico: O Centro de Referência da Infância e Adolescência (CRIA) oferece apoio psicológico especializado para jovens com problemas de dependência digital, proporcionando terapias e programas de reabilitação.
Proteger crianças e adolescentes na internet no Brasil exige uma combinação de educação, uso de tecnologia apropriada, suporte psicológico e compreensão das leis locais.
Com o aumento do acesso à internet, é fundamental que pais, educadores e a comunidade trabalhem juntos para garantir um ambiente digital seguro para todos os jovens.
Se você quer aprofundar ainda mais o seu conhecimento sobre como proteger crianças e adolescentes na internet, confira alguns livros essenciais que abordam esse tema de forma clara e prática.
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