Se ser velho antigamente era sinônimo de bengala e cadeira de balanço, hoje em dia as coisas mudaram.
Ser “velho” já foi sinônimo de descanso, histórias do passado e, quem sabe, um tricô ao pôr do sol.
Mas no século 21, essa definição foi hackeada, e o envelhecimento ganhou um novo endereço: a internet.
O Wi-Fi se tornou a verdadeira bengala moderna, ajudando a terceira idade a se conectar com o mundo, seja para assistir a maratonas de séries, explorar as últimas tendências de moda ou dominar as redes sociais.
Em vez de envelhecer, a geração que viu o mundo mudar mais rápido do que nunca decidiu acompanhar essa velocidade. Afinal, se a vida é uma maratona, nada mais justo do que correr com estilo – e alguns retoques de botox.
Agora, ser “idoso” é um mix de assistir séries de TV por streaming, mandar memes no grupo da família e discutir qual marca de celular tem a melhor câmera para as selfies.
O século 21 transformou a terceira idade em uma fase onde o “antigamente” e o “futurístico” convivem numa boa.
Estatísticas: A Nova Face da Velhice Global
Os números não mentem: a população global está envelhecendo, mas de maneira surpreendente.
Segundo dados das Nações Unidas, a expectativa de vida mundial subiu para 72,6 anos em 2019, comparado a apenas 64,2 anos em 1990.
Com isso, a população com mais de 60 anos está projetada para dobrar até 2050, passando dos atuais 1 bilhão para 2,1 bilhões.
Isso não significa apenas mais pessoas vivendo mais tempo, mas uma revolução no que significa envelhecer.
Em termos de comportamento, os dados são igualmente reveladores.
Um estudo da Pew Research Center mostra que 68% dos adultos com mais de 65 anos nos Estados Unidos utilizam a internet regularmente, sendo que 45% deles possuem smartphones.
Globalmente, 63% das pessoas entre 60 e 69 anos assistem a plataformas de streaming como Netflix e YouTube, com maratonas de séries sendo um passatempo favorito.
Além disso, o envelhecimento saudável está em alta.
Mais de 40% das pessoas entre 60 e 75 anos praticam algum tipo de atividade física regularmente, e muitos são adeptos de rotinas de autocuidado, como procedimentos estéticos, meditação e até esportes de alta intensidade.
1. Velho no século 21 tem mais memória… no celular do que na cabeça
Esqueceu o nome do neto? Sem problemas, o importante é que o smartphone tem 128 GB de memória e dá conta de todas as fotos e vídeos da viagem.
E ainda que a memória da pessoa possa dar uma escorregada de vez em quando, o Google está aí para garantir que ninguém se esqueça de nada (ou para lembrar o nome daquele ator que fez aquele filme que… bem, você sabe qual).
2. Velho tecnológico: quem diria!
Sim, os boomers e os mais experientes da Geração X estão invadindo o território digital. Enquanto os netos aprendem a falar, os avós aprendem a criar TikToks e postar no Instagram.
Ser “velho” em 2024 significa mais likes e seguidores do que muitos influenciadores. Talvez o próximo vídeo viral seja da sua avó cozinhando enquanto faz dancinhas – porque, se não postar, ninguém vai acreditar!
3. “Você está tão bem para a sua idade”
Essa frase já virou piada! O que as pessoas querem dizer com isso?
Que a expectativa era encontrar alguém caindo aos pedaços? No século 21, a “velhice” inclui yoga, academia e maratonas de séries mais longas do que novelas de rádio.
Com tanta disposição, o que mais se pode esperar? E se alguém ainda ousa perguntar “como você se sente tendo X anos?”, a resposta só pode ser: Jovem, só que com um corpo que às vezes dá umas travadas!
4. A arte de ser moderno e vintage ao mesmo tempo
Ser “velho” também significa poder contar histórias de quando a internet ainda fazia aquele barulhinho esquisito para conectar (lembra do discador?), ao mesmo tempo em que se participa das discussões sobre a última atualização do iPhone.
É uma mistura de ser uma enciclopédia ambulante e um explorador de tendências.
5. O futuro é agora – com desconto
Se antes a ideia de envelhecer era vista com temor, hoje significa finalmente poder aproveitar os descontos da meia-entrada, sem culpa e com estilo!
Afinal, quem está aproveitando as promoções de shows e cinemas são aqueles que já viram o mundo mudar e sabem muito bem como se divertir no presente.
6. Quem define a idade, afinal?
No século 21, a idade cronológica ficou ultrapassada. O importante é o que se faz com o tempo, e não quantos anos ele representa.
Quem disse que ser velho é sinal de ficar parado? Com tantos avós correndo maratonas, escalando montanhas ou viajando o mundo com mochilas nas costas, a ideia de “velhice” está em constante transformação.
Hoje, “velho” é só uma questão de calendário – e até esse pode ser ignorado se você estiver ocupado demais jogando Candy Crush!
Mitos e Verdades: O Velho e a Inclusão Digital
Quando o assunto é tecnologia e “velhice”, há muitos mitos e preconceitos que precisam ser desmistificados. Aqui estão alguns deles:
Mito 1: “Idosos não conseguem aprender a usar tecnologia”
Verdade: Este é um dos maiores equívocos. Idosos podem, sim, aprender a usar tecnologia, e muitos estão se adaptando rapidamente.
Cursos de alfabetização digital para a terceira idade estão crescendo no mundo todo, e plataformas como WhatsApp, Facebook e YouTube são bastante utilizadas. O segredo? Paciência e prática, algo que eles têm de sobra.
Mito 2: “Velho não se interessa por redes sociais”
Verdade: Os idosos não só se interessam como estão dominando o espaço digital. Dados mostram que 46% dos adultos com mais de 65 anos estão nas redes sociais.
O Facebook, por exemplo, é amplamente popular entre essa faixa etária, onde compartilham fotos da família, receitas e até memes engraçados.
Além disso, o TikTok já não é mais domínio exclusivo da geração Z; muitos idosos estão usando a plataforma para se expressar e se divertir.
Mito 3: “É perigoso demais para idosos usarem a internet”
Verdade: A internet pode ser perigosa para qualquer pessoa, mas os idosos estão cada vez mais conscientes dos riscos e aprendendo a evitá-los.
Muitos já sabem como identificar golpes e fraudes online e estão mais atentos à segurança digital. Plataformas estão facilitando isso, com interfaces mais amigáveis e modos de navegação simplificada.
Mito 4: “Tecnologia moderna é muito complicada para eles”
Verdade: Embora as interfaces tecnológicas possam parecer complexas, muitas empresas estão desenvolvendo dispositivos e aplicativos com design mais simples e intuitivo, voltados para a terceira idade.
Smartphones com botões maiores, assistentes virtuais de fácil acesso (como o Google Assistente ou Alexa), e até relógios inteligentes com funções de saúde são grandes aliados na inclusão digital dessa geração.
Ser “velho” no século 21 é muito mais do que o estereótipo de tempos passados.
É ser conectado, ativo e reinventar-se constantemente.
A ideia de que a tecnologia é só para os jovens já está ultrapassada.
Hoje, a terceira idade está provando que, com Wi-Fi, botox e maratonas na Netflix, não há limites para o que podem conquistar. Se envelhecer significa ter a liberdade de aprender, se adaptar e viver com plenitude, então que venha o futuro!
Quer saber mais sobre como a terceira idade está se reinventando no mundo digital? Acesse nossos artigos e descubra como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa em todas as fases da vida!
LEIA TAMBÉM=Conexão de 60+ à internet cresce 97%; educação é uma das prioridades
VISITE NOSSO BLOG
Redes Sociais 50+: Conecte, Compartilhe e Crie Comunidades Virtuais